Qualquer órgão de imprensa, o Comando da Policia Militar, o serviço
de informação do Governo do Estado têm
em seus arquivos, seus controles, o áudio de um líder grevista dos policiais
militares, em 2012, orientando seus
colegas a impedirem o trânsito de ônibus, caminhões e carretas na BR 101, com destino a Salvador, usando a força, furando
pneus, incitando claramente a violência contra aqueles que ousarem seguir o seu
destino. Era uma espécie de piquete ao contrário, em que a população, os trabalhadores
(mesmo!) se davam ao trabalho sujo de impedir a todo cidadão o direito
constitucional de ir e vir, que normalmente é feito pelos grevistas e não por
aqueles que sofrem as consequências da greve.
Mas, eis que em 2014, nova greve da PM,
novo ano eleitoral e, quem aparece no comando do movimento grevista? O mesmo
líder de 2012, com sua dicção tão
atrofiada quanto a sua compreensão ao direito de sua categoria em fazer greve,
só que desta vez fantasiado de vereador do PSDB,
o mais hostil dos partidos ao partido do governador ou em qualquer escala de
poder sob a tutela daquele partido político. O Governador do Estado então é alçado à condição de Dragão da Maldade contra os santos
guerreiros policiais militares grevistas, parafraseando a alegoria política do filme
genial de Glauber Rocha.
O que vem ocorrendo em Salvador é prova de que a insensatez e a insanidade grevista, até
por quem constitucionalmente não é permitido fazer greve, é inimaginável,
tamanha a fúria por 30 dinheiros a mais em seus soldos. Expõe a população, o
comércio, ao comprometimento de todas as suas atividades vitais ao dia a dia da
cidade, como se a eles não coubessem o papel de zelar pela segurança e a
integridade física daqueles que bem ou mal lhes garantem o sustento de suas famílias.
Se bem, que com ou sem greve, por omissão ou ineficiência, estamos onde sempre
estivemos, nas mãos de Deus, já que nas
destes fomentadores do caos nada mais temos a esperar.
Foto: Ilustrativa
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