A charge de hoje em que Dilma aparece de joelhos, prestes a ser decapitada por um
extremista do Estado Islâmico, é
simplesmente repulsiva. Mereceu, nas redes sociais, um amplo, generalizado,
estridente repúdio – e não apenas de petistas. Várias pessoas que se disseram
fãs de Chico Caruso manifestaram sua
revolta com o que viram. Qual era o ponto? Difícil dizer. Qual era a graça?
Mais difícil ainda. Qual era a raiva contra Dilma? Aí sim era fácil identificar.
Caruso, como todo humor
produzido na Globo, sofre de um mal
insanável. Ele não pode fazer graça com nada que comprometa os humores de seus
patrões. Bobo ele não é. Você não verá nenhuma charge sua que faça referência
ao caso HSBC, por exemplo, assim
como não viu nenhuma que ironizasse o aeroporto de Aécio.
Caruso representa, no
universo das charges, o que a Globo
é fora delas: um símbolo da iniquidade, do golpismo, dos privilégios de uma
casta egoísta e desonesta. Com tantas charges esdrúxulas nos últimos anos, Caruso hoje se superou. Ele conseguiu
cortar a cabeça de Dilma no Dia da Mulher.
Ele provavelmente vai receber tapinhas nas
costas de seus editores e talvez até de algum Marinho. Mas como chargista sua carreira como alguém digno de
respeito terminou hoje, ceifada pela faca que ele colocou nas mãos de um
terrorista prestes a decapitar Dilma.
Fonte: DCM
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