Voltei aos tempos de leitor do Pasquim num ônibus da Federação para aulas de Matemática I e II ou Estatística I e II, no Instituto
de Exatas da UFBA. Nestas ocasiões cada página vista, às vezes sem precisar
ser lida, do saudoso semanário, provocava em mim risos incontroláveis, para
espanto do cobrador e dos passageiros cujos olhares de reprovação não tardariam
chamar a viatura ou uma ambulância. Voltei a experimentar esta sensação maluca
de rir em público, cercado de companhias circunspectas e absortas como os passageiros
da Águia Branca, com destino a Salvador, ontem, no percurso a partir
da cidade alegre.
Desta vez a razão deste meu riso desbragado
veio com a leitura do Avião de Noé, obra
do jornalista e romancista baiano Fernando
Vitta, por sinal ex-colaborador do Pasquim,
numa reprodução amalucada de uma pequena cidade do interior baiano e seus tipos
impagáveis. Ainda estou no sexto capitulo, mas o ritmo alucinante da narrativa
que Vitta imprime ao seu livro
torna-se quase impossível deixá-lo de lado, mas tinha que, por exemplo, descer
do ônibus e pegar o caminho de casa, onde retomarei agora pela manhã a sua
leitura. Bons momentos de uma leitura mais que agradável.
(*) Título do premiado romance de Fernando Vitta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário