sábado, 28 de março de 2015

Tirem a doidinha da sala que vai começar a novela (*)

Voltei aos tempos de leitor do Pasquim num ônibus da Federação para aulas de Matemática I e II ou Estatística I e II,  no Instituto de Exatas da UFBA. Nestas ocasiões cada página vista, às vezes sem precisar ser lida, do saudoso semanário, provocava em mim risos incontroláveis, para espanto do cobrador e dos passageiros cujos olhares de reprovação não tardariam chamar a viatura ou uma ambulância. Voltei a experimentar esta sensação maluca de rir em público, cercado de companhias circunspectas e absortas como os passageiros da Águia Branca, com destino a Salvador, ontem, no percurso a partir da cidade alegre.

Desta vez a razão deste meu riso desbragado veio com a leitura do Avião de Noé, obra do jornalista e romancista baiano Fernando Vitta, por sinal ex-colaborador do Pasquim, numa reprodução amalucada de uma pequena cidade do interior baiano e seus tipos impagáveis. Ainda estou no sexto capitulo, mas o ritmo alucinante da narrativa que Vitta imprime ao seu livro torna-se quase impossível deixá-lo de lado, mas tinha que, por exemplo, descer do ônibus e pegar o caminho de casa, onde retomarei agora pela manhã a sua leitura. Bons momentos de uma leitura mais que agradável.


(*) Título do premiado romance de Fernando Vitta.

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