No coração do torcedor não há lugar para
indiferença, para o faz de conta, o amor rima mesmo com dor, nos tropeços, nas
decepções. Mesmo que esta desesperança seja um fato anunciado, algo que tava na
cara, que despencaria ao primeiro confronto decisivo. Era perceptível que desde
o inicio dos trabalhos de preparação do time, em janeiro deste ano, as contratações
anunciadas e efetivadas, a chegada de um novo treinador nada sinalizava que daquele
mato espirraria algum coelho, afinal não se é mágico, em condições adversas.
A eliminação do Vitória das finais do campeonato baiano é apenas o começo de
futuras vergonhas que virão na Copa do
Nordeste e na disputa da Serie B
do Campeonato Brasileiro, em que a
queda para a Serie C não é apenas
uma miragem, mas uma possibilidade diante de tanta desarrumação, apatia, fato
consumado. E em casos assim em que a incompetência administrativa é a mais
flagrante, mas nunca admitida, sobra sempre para o técnico cuja demissão é uma
resposta que nos torcedores não precisamos, pois em vários casos os treinadores
se mostram mais capazes, lúcidos e coerentes que uma “ruma” de diretores e
presidentes que não funcionam nem em suas casas, suas famílias.
Ricardo Drubscky não serviu para o Vitória, mas se apresenta como solução
para o Fluminense – Rio, que
dispensa, por razões semelhantes às rubronegras, o competente e sereno Cristovão Borges. É esperar que um dia
estes treinadores brasileiros, em respeito a sua profissão se unam e exijam tratamento
digno as suas atividades esportivas, como na Europa, por exemplo, mesmo frente
ao abismo entre eles e nós.
Foto: Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário