Final do ano passado foi oficializado o mais
novo espaço para a prática do naturismo no país, a praia do Abricó, no Rio, que veio se juntar às praias de Massarandupió (Ba), Tambaba
(Pb), Linhares (Es), Olho de boi (Rj), Pinho, Galheta e Pedras altas (Sc), onde a regra é andar pelado,
apenas coberto com a brisa do mar. Mulheres, homens, crianças todos com o bicho
solto, mas não tão soltos assim, já que a Federação
Brasileira de Naturismo põe alguns freios nos mais afoitos ou pouco
afeitos, digamos assim, quanto à nudez do vizinho, sem risos nem admiração excessiva.
Tudo muito natural ou fazendo de conta que sim. Do contrário é pegar o caminho
da Universal mais próxima.
Segundo a antropóloga Mônica Goldenberg o problema da nudez para o brasileiro “é que ele
não a vê como natural, como em outros países”. “A brasileira coloca biquini,
mas faz questão de mostrar a marquinha. Fica de fio dental, mas não tira a
calcinha”. Parece contraditório ou mesmo uma questão mal resolvida, a exposição
do corpo em lugares públicos, exceto nas escolas de samba.
Já o presidente da Associação Baiana de Naturismo parece
mais tolerante ao admitir que “o homem até possa ficar excitado, é natural, o
que não pode é ficar se insinuando”. Não sei não, isto pode descambar para o
que se chama de “naturismo picante”, o que para o presidente de outra Associação, não é naturismo coisa
nenhuma, “é putaria mesmo”!
Foto: Roberto de Oliveira - Folhapres
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