sexta-feira, 27 de março de 2015

Todo mundo nu


Final do ano passado foi oficializado o mais novo espaço para a prática do naturismo no país, a praia do Abricó, no Rio, que veio se juntar às praias de Massarandupió (Ba), Tambaba (Pb), Linhares (Es), Olho de boi (Rj), Pinho, Galheta e Pedras altas (Sc), onde a regra é andar pelado, apenas coberto com a brisa do mar. Mulheres, homens, crianças todos com o bicho solto, mas não tão soltos assim, já que a Federação Brasileira de Naturismo põe alguns freios nos mais afoitos ou pouco afeitos, digamos assim, quanto à nudez do vizinho, sem risos nem admiração excessiva. Tudo muito natural ou fazendo de conta que sim. Do contrário é pegar o caminho da Universal mais próxima.

Segundo a antropóloga Mônica Goldenberg o problema da nudez para o brasileiro “é que ele não a vê como natural, como em outros países”. “A brasileira coloca biquini, mas faz questão de mostrar a marquinha. Fica de fio dental, mas não tira a calcinha”. Parece contraditório ou mesmo uma questão mal resolvida, a exposição do corpo em lugares públicos, exceto nas escolas de samba. 

Já o presidente da Associação Baiana de Naturismo parece mais tolerante ao admitir que “o homem até possa ficar excitado, é natural, o que não pode é ficar se insinuando”. Não sei não, isto pode descambar para o que se chama de “naturismo picante”, o que para o presidente de outra Associação, não é naturismo coisa nenhuma, “é putaria mesmo”!

Foto: Roberto de Oliveira - Folhapres

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