Símbolo do mau gosto, da cafonice e da
deselegância nos anos 90, a pochete
voltou segundo os estilistas de moda, estes profissionais que vivem reciclando
o que passou por falta de imaginação, criatividade ou coisa parecida, em tentar
o novo.. É mais do mesmo, só que um zíper aqui, um botão ali, um penduricalho
qualquer e um preço nas alturas, como convém aos senhores da moda e dos
modismos e, um contingente de consumidores otários e atentos às últimas
novidades das novelas globais.
Nunca fui um seguidor de modismos, já que uso
sempre o que gosto e que me faz bem, sem muita preocupação em destoar da banda
dos contentes, mas confesso já ter sido tragado por um tsunami global. Sempre
elas, as novelas globais como fio condutor daquilo que é ou será moda e que
deve ser usado por todo rebanho.
Estava no ar a novela Cavalo do aço e, a indústria calçadista em provável conluio com o
núcleo produtor da novela, urdiu o lançamento de uma linha de sapatos
masculinos chamada, coincidentemente, de “cavalo de aço”. Tive um como tantos e
todos, em todas as festas em que estivemos e, usávamos. Salto alto, como estes
sapatos ou botas de neo-sertanejos, tipo mocassim, em que a parte frontal era
cravejada de pequenas estrelas de aço ou flandres, que me parecia ter um chão
de estrelas aos pés, algo como a célebre canção de Silvio Caldas.
Quanto à
pochete atravessei incólume ao seu assédio, embora aquele meu primeiro celular Motorola talvez só coubesse mesmo em
uma pochete, tais as suas dimensões. E eu aqui recolhendo “o que Luzia ganhou
na horta”.
Foto: Ilustrativa
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