Não ia meter a colher neste angu corintiano até
porque não sou torcedor do clube, ao contrário, e por quem sinto grande antipatia
e rejeição, mesmo sentimento que me desperta, com a mesma intensidade, o Barcelona de Itinga. Não propriamente
pelos clubes em si, mas pelos bandos que se cercam dos mesmos travestidos de
torcedores.
Mas, a motivação do comentário que felizmente não fiz diria
respeito à atitude do jogador Emerson
Sheik, e o tal beijo em seu amigo num restaurante, que poderia ser considerado
como um gesto de coragem em um meio nitidamente machista e homofóbico se
revelou um comportamento característico dos pusilânimes.
Pressionado pelo bando corintiano foi obrigado a desdizer o que foi dito e
feito, pelo difuso comentário de que o futebol é “coisa de homem” não se
prestando para demonstrações de afeto, nem para levantar bandeiras contra a
homofobia. “Coisa de homem” que o bando não assumiu quando assassinou o jovem
boliviano numa partida pela Libertadores, se escondendo em um improvável réu confesso, de menor, numa armação que
revela mais a culpabilidade que propriamente uma impossível inocência do bando
preso.
Quanto ao Shiek,
além de ficar de quatro para o bando corintiano ainda atacou quem nada tinha a
ver com suas preferências sexuais, se confessando não ser “são-paulino”, mas
homem, algo que nem ele mesmo acredita e o beijo no amigo não tenha sido mesmo
um simples e inocente selinho, mas de língua.
Foto: Emerson Sheik e amigo.
Foto: Emerson Sheik e amigo.
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