segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Beijando o sapo até virar príncipe.


Não ia meter a colher neste angu corintiano até porque não sou torcedor do clube, ao contrário, e por quem sinto grande antipatia e rejeição, mesmo sentimento que me desperta, com a mesma intensidade, o Barcelona de Itinga. Não propriamente pelos clubes em si, mas pelos bandos que se cercam dos mesmos travestidos de torcedores. 

Mas, a motivação do comentário que felizmente não fiz diria respeito à atitude do jogador Emerson Sheik, e o tal beijo em seu amigo num restaurante, que poderia ser considerado como um gesto de coragem em um meio nitidamente machista e homofóbico se revelou um comportamento característico dos pusilânimes. Pressionado pelo bando corintiano foi obrigado a desdizer o que foi dito e feito, pelo difuso comentário de que o futebol é “coisa de homem” não se prestando para demonstrações de afeto, nem para levantar bandeiras contra a homofobia. “Coisa de homem” que o bando não assumiu quando assassinou o jovem boliviano numa partida pela Libertadores, se escondendo em um improvável réu confesso, de menor, numa armação que revela mais a culpabilidade que propriamente uma impossível inocência do bando preso.

Quanto ao Shiek, além de ficar de quatro para o bando corintiano ainda atacou quem nada tinha a ver com suas preferências sexuais, se confessando não ser “são-paulino”, mas homem, algo que nem ele mesmo acredita e o beijo no amigo não tenha sido mesmo um simples e inocente selinho, mas de língua.

Foto: Emerson Sheik e amigo.

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