terça-feira, 6 de agosto de 2013

Jogando farrofa no ventilador da Siemens

O contumaz estilingue de vidraças petistas está tendo de volta as pedras atiradas injustas ou justamente, com este nebuloso caso de cartel de governos paulistas do PSDB para compra e manutenção de peças para linhas do metrô em São Paulo. A imaginação desta gente quanto se trata de roubar os cofres públicos vai além do arco-íris. Agora é a formação de cartel, que em economês significa uma maneira dissimulada de estabelecer um monopólio, só que com várias empresas que entre si combinam os preços a serem apresentados, dando a aparente legalidade de várias propostas, mas com valores praticamente iguais e que no final todos concorrentes (?) comem uma parte do quinhão. E que quinhão, cujo superfaturamento pode chegar a mais de 557 milhões de reais.

As vestais acusadas saíram do nirvana onde adormecem suas consciências atormentadas para exigir providências, criar comissões, investigações paralelas, queixas ao Papa Francisco, uma comoção tucana como nunca se viu, mas se pressente que por trás daquela empáfia, daqueles gestos teatrais de atores canastrões de novelas do SBT, daquelas expressões talvez, compungidas, tem...

Agora que a Siemens jogou farofa no ventilador tucano seria interessante que a empresa francesa Alston abrisse o jogo e se escudasse até em uma delação premiada, e desse nome aos beneficiários das propinas distribuídas a autoridades do governo tucano, em São Paulo, na assinatura de contratos para obras no metrô. Também este metrô paulista e seus administradores são insaciáveis, aliás, parece que é um mal dos metrôs; onde tem metrô, o buraco é sempre mais embaixo, como o daqui de Salvador, que se arrasta por um longo e interminável tempo em que se esparramam as falcatruas.

De todo este imbróglio paulista lamento que seja arrastado o nome do ex-governador Mário Covas, um cidadão acima de qualquer suspeita, um político como não existe mais, como não mais existem políticos do quilate de  Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Roberto Santos, Waldir Pires e uns poucos mais. Quanto aos demais citados no quiproquó tucano que se expliquem, se puderem, nos tribunais onde se espera possam parar.

Foto: Geraldo Alckmim - Gov. de São Paulo

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