Para quem “amava os Beatles e os Rolling Stones”,
e continua como eu, em determinado momento desta trilha sonora também
acompanhou a canção folk, country, americana a partir dos anos 60, ouvindo
nomes como Bob Dylan que foi um dos
expoentes daquela vertente musical. A Guerra
do Vietnã era o mote, a inspiração para as canções de protestos que outros
artistas como Joan Baez e Joni Mitchell também
deixaram suas vozes e seus corações a serviço da rebeldia da juventude
americana contra a política intervencionista de seus governantes.
Mas, a canção folk tem uma base simples com voz,
violão e muita melancolia ou tolice, depois de certo tempo e da falta de
talentos, nas letras. Estas lembranças me ocorrem ao ouvir Tiê, a jovem cantora paulista de voz pequena, mas doce, terna, uma espécie
de Nara Leão, e super agradável de
ter aos ouvidos. Tiê está em seu
segundo disco e segue uma pegada folk em suas canções, quase sempre em
composições próprias como as que fazem parte de seu primeiro disco Sweet Jardim, a exemplo de Dois, A bailarina e o astronauta, 5° andar que se não foram para as
paradas de sucesso, pior para as paradas, mas foram parar nas FMs com programadores de bom gosto
musical o que é raro, convenhamos.
Em 2011 Tiê
confirmou o seu talento com o disco A coruja e o coração e boas canções como a
bela Na varanda de Liz, Só sei dançar
com você, Piscar o olho, Para alegrar meu dia e a curiosidade da gravação
de Você não vale nada, aquela mesmo
que o titulo lhe remeteu e que Tiê
imprimiu uma certa elegância, longe dos pagodeiros e forrozeiros de boutique que
gravaram a mesma música. Na conturbação destes tempos, tanto barulho por tão pouco, quase nada, é preciso ouvir Tiê.
Foto: Tiê
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