domingo, 4 de agosto de 2013

Na varanda com Tiê.

Para quem “amava os Beatles e os Rolling Stones”, e continua como eu, em determinado momento desta trilha sonora também acompanhou a canção folk, country, americana a partir dos anos 60, ouvindo nomes como Bob Dylan que foi um dos expoentes daquela vertente musical. A Guerra do Vietnã era o mote, a inspiração para as canções de protestos que outros artistas como Joan Baez e Joni Mitchell também deixaram suas vozes e seus corações a serviço da rebeldia da juventude americana contra a política intervencionista de seus governantes.

Mas, a canção folk tem uma base simples com voz, violão e muita melancolia ou tolice, depois de certo tempo e da falta de talentos, nas letras. Estas lembranças me ocorrem ao ouvir Tiê, a jovem cantora paulista de voz pequena, mas doce, terna, uma espécie de Nara Leão, e super agradável de ter aos ouvidos. Tiê está em seu segundo disco e segue uma pegada folk em suas canções, quase sempre em composições próprias como as que fazem parte de seu primeiro disco Sweet Jardim, a exemplo de Dois, A bailarina e o astronauta, 5° andar que se não foram para as paradas de sucesso, pior para as paradas, mas foram parar nas FMs com programadores de bom gosto musical o que é raro, convenhamos.

Em 2011 Tiê confirmou o seu talento com o disco A coruja e o coração e boas canções como a bela Na varanda de Liz, Só sei dançar com você, Piscar o olho, Para alegrar meu dia e a curiosidade da gravação de Você não vale nada, aquela mesmo que o titulo lhe remeteu e que Tiê imprimiu uma certa elegância, longe dos pagodeiros e forrozeiros de boutique que gravaram a mesma música. Na conturbação destes tempos, tanto barulho por tão pouco, quase nada, é preciso ouvir Tiê.
 
Foto: Tiê

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