quinta-feira, 29 de agosto de 2013

É a poesia necessária? A de Manoel de Barros é.


O rio que fazia uma volta
atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole...

Passou um homem e disse:
essa volta que o rio faz...
se chama enseada...

Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás da casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.

Autor: Manoel de Barros

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