Tudo o que é ruim sempre pode piorar. Você
achava que a ascensão de Eduardo Cunha
e da bancada evangélica era um passo rumo à Idade Média. E que faltava um exército para os fundamentalistas. Não
falta mais, aparentemente. A Igreja
Universal criou uma milícia estranhíssima chamada “Gladiadores do Altar”.
Segundo o site da IURD, a iniciativa “visa formar jovens disciplinados e altamente
preparados para enfrentar os desafios diários de ganhar almas e fazer
discípulos”. Os “rapazes”, diz o texto, “estão dispostos a abrir mão de suas
vidas para que outras pessoas sejam ajudadas”. A única exigência é “é ser
batizado nas águas e ter desejo e disposição de servir a Deus e estar preparado para o que vier pela frente”. O final, o
líder pergunta aos homens o que eles querem. “O altar, o altar, o altar”
respondem com o braço direito estendido, apontando para o dito cujo em cima do
palco.
Não é preciso ser muito esperto para enxergar
uma semelhança sinistra com, na melhor das hipóteses, a sudação dos policiais
do Bope e, na pior, o “Sig, Heil” nazista. O pessoal do Estado Islâmico ficaria orgulhoso,
provavelmente. Antonio Gramsci
chamou os fascistas italianos que surgiam de “gente ridícula, do tipo que faz
as notícias, mas não faz a história”. Deu no que deu. Sangue de Cristo tem poder.
Texto: DCM
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