Creio que a Radiola de Ficha seja mãe do Karaokê,
que por sua vez é pai do DVD, mas bem
menos, encorpada que aquele trambolho, cujo funcionamento dependia de uma ficha
númerica previamente selecionada pelo cliente e, a depender da sua escolha a música
de sua preferência ecoava por todo o bar. Luzes coloridas saídas de seu design piscavam tanto como uma árvore de Natal
Formava-se fila em volta da geringonça sonora,
com todos querendo que todos ouvissem aos berros, no esporro, a música de sua
escolha. A depender do escletismo do ambiente podia-se sair de Bee Gees, James Taylor e emendar com Adilson Ramos, Fernando Mendes ou Fagner; tudo democraticamente.
Conheci
algumas destas máquinas entre a Carlos
Gomes e o Largo Dois de Julho e,
principalmente na Ribeira que nos
anos 70 concentrava um grande número de bares, frequentados pelos antenados da
época. Vi recentemente uma foto de uma Radiola
de Ficha e como inventário do que “Luzia ganhou na horta” lembrei do
espalhafatoso emissor de som.
Foto: Ilustrativa
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