Se houve um fenômeno na música brasileira, sem
dúvida foi a banda de rock paulista do RPM,
se bem que fugaz, meteórico, pois formada por um grupo de jovens imaturos e
deslumbrados com o sucesso avassalador, em que a depender da dose dessa
exposição pode matar ao invés de dar uma sobrevida. Foi o que aconteceu entre 1986 e 1987.
Para uma banda, como tantas, acostumada a pequenos shows,
em bares e locais impróprios, embora com boas canções, de boas melodias e
letras, se viu numa disputa por duas grandes gravadoras, como EMI e CBS (Sony) ambas querendo ter o grupo como contratados. Um olheiro
esperto pressentiu que havia ali um diamante a ser lapidado e concedeu todas as
regalias que um “pop star” deseja como, estúdios, grana, agenda de shows por
todo país, gravação e distribuição imediata do seu LP, enfim o sucesso batia à porta.
O canal BIS
em um programa com a participação dos quatros integrantes do RPM, o tecladista Luis Schiavon, o vocalista e baixista Paulo Ricardo, o guitarrista Fernando
Deluqui e o baterista Paulo P.A.Pagni
reconta o estouro da banda e a incapacidade deles em sua manutenção, diante do
assédio e reconhecimento de público e crítica e, o espantoso número de 2 milhões e 700 mil cópias vendidas do
disco Rádio Pirata ao Vivo.
A
gravação de London, London, de Caetano neste disco, um show em teatro
para grandes plateias e dirigido pelo Ney
Matogrosso, levou ao delírio milhares de pessoas onde quer que eles se
apresentassem, alem de sucessos na boca do povo com o Revoluções por minuto, Rádio Pirata, Olhar 43, Alvorada voraz, Flores
astrais, Louras geladas, A cruz e a espada e mais. Inesquecível!
Foto: RPM
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