quarta-feira, 4 de março de 2015

Revoluções por minuto

Se houve um fenômeno na música brasileira, sem dúvida foi a banda de rock paulista do RPM, se bem que fugaz, meteórico, pois formada por um grupo de jovens imaturos e deslumbrados com o sucesso avassalador, em que a depender da dose dessa exposição pode matar ao invés de dar uma sobrevida. Foi o que aconteceu entre  1986 e 1987

Para uma banda, como tantas, acostumada a pequenos shows, em bares e locais impróprios, embora com boas canções, de boas melodias e letras, se viu numa disputa por duas grandes gravadoras, como EMI e CBS (Sony) ambas querendo ter o grupo como contratados. Um olheiro esperto pressentiu que havia ali um diamante a ser lapidado e concedeu todas as regalias que um “pop star” deseja como, estúdios, grana, agenda de shows por todo país, gravação e distribuição imediata do seu LP, enfim o sucesso batia à porta.

O canal BIS em um programa com a participação dos quatros integrantes do RPM, o tecladista Luis Schiavon, o vocalista e baixista Paulo Ricardo, o guitarrista Fernando Deluqui e o baterista Paulo P.A.Pagni reconta o estouro da banda e a incapacidade deles em sua manutenção, diante do assédio e reconhecimento de público e crítica e, o espantoso número de 2 milhões e 700 mil cópias vendidas do disco Rádio Pirata ao Vivo

A gravação de London, London, de Caetano neste disco, um show em teatro para grandes plateias e dirigido pelo Ney Matogrosso, levou ao delírio milhares de pessoas onde quer que eles se apresentassem, alem de sucessos na boca do povo com o Revoluções por minuto, Rádio Pirata, Olhar 43, Alvorada voraz, Flores astrais, Louras geladas, A cruz e a espada e mais. Inesquecível!

Foto: RPM

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