sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A Praça que foi do povo.

A Praça da Piedade é um dos antigos cartões postais da cidade, parte de seu centro velho e das seculares igrejas de São Pedro, Nossa Senhora da Piedade, além de abrigar a saudosa Escola de Economia da UFBA, o Gabinete Português de Leitura, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e ironicamente a sede da Policia Civil do estado. A ironia decorre do abandono da Praça, transformada em território livre de desempregados, sem teto, pedintes, vagabundos e viciados em qualquer coisa. Agem livremente e usam o que restou de uma fonte luminosa, a sua piscina pública para banhos e lavagem de seus trapos sujos, a qualquer hora do dia. É um espetáculo deprimente e vergonhoso que funciona como um dos tantos indicativos do abandono da cidade nos últimos oito anos.

A nova administração municipal, a titulo de requalificação da Praça, aliás, requalificar é o novo verbo utilizado para intervenções como cortar a grama, pintar prédios ou equipamentos públicos, recompor estátuas destruídas e ações similares, isolou área com tapumes em sem entorno. Foram colocadas mais de 100 placas de aglomerado de madeira como limite entre a praça e os transeuntes,  para os serviços de requalificação por que ela, a Praça, passaria. 

Pelo visto os trabalhos da tal requalificação sequer foram iniciados, já as placas em sua volta conta-se entre 10 ou 15 que restaram, as demais foram simplesmente roubadas por vagabundos para coberturas de suas malocas onde se escondem da polícia. “Triste Bahia, ou quão dessemelhante”! 

Foto: Praça da Piedade - Salvador-Ba

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