A presença de Henfil no Pasquim foi tão emblemática como proeminentes foram as passagens e a associação de nomes como Millôr, Ziraldo, Jaguar, Maciel, Tasso de Castro, Paulo Francis, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e tantos outros que se agregaram ao semanário que mudou a face do jornalismo e do humor do país. Nada foi como antes. Mas, nada mesmo tão avassalador como Henfil e sua dupla de fradinhos, tão desiguais em suas ações franciscanas e escrotas, nas tirinhas e nos cartuns que eram buscados a cada exemplar do Pasquim. Os “Fradins” eram curtidos antes da leitura de qualquer matéria ou das famosas entrevistas que criaram um padrão coloquial de conversa, onde o leitor se sentia o mais próximo possível do entrevistado.
Agora, o Instituto Henfil relança a coleção publicada entre 1971 e 1980 com as famosas tirinhas de Baixim e Cumprido além de outros personagens como a Graúna e o Bode Orelana que transformavam o árido sertão nordestino em cenário para suas estripulias contestatórias ou resignadas. Esta serie será em breve complementada com novas edições e novas aventuras de figuras tão simpáticas e saudosas. É preciso conhecer o traço e o humor do Henfil, aos 25 anos de sua partida “num rabo de foguete”.
Foto: Henfil e tirinhas
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