Será que estamos à espera de uma campanha da TV Globo ou de outra rede de TV para expressarmos a nossa solidariedade,
nosso amor aos irmãos de Lajedinho,
vítimas da enchente que a fez mais órfã do que já é dos poderes públicos?
Será que estamos à mercê do carisma ou da fama
de um ator ou atriz de televisão, de um cantor de pagode, um jogador de futebol
para mostrarmos a povo de Lajedinho
que somos diferentes daqueles torcedores da partida Atlético Paranaense x Vasco e que em nossos corações, mesmo que às
vezes embrutecidos, adormece em seus desvãos, sentimentos de bondade, de
fraternidade e compaixão?
Não esperemos a comoção nacional que se abateu,
muito justamente, sobre as cidades serranas do Rio ou sobre a catarinense Blumenau
arrasadas por enchentes mais devastadoras que aquela que se abateu sobre o povo
sofrido de Lajedinho, arregimentada por
emissoras de TV e de personalidades
da vida cultural e esportiva da país. Até porque Blumenau com seu turismo, seu desenvolvimento, sua pele branca,
suas chaminés, seu parque industrial é um “lajedão” em nosso Produto
Interno Branco – PIB, enquanto que Lajedinho
é tão somente um elemento vergonhoso no cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, de nosso estado, pois,
principalmente por isso.
Assim, como na “cidade alegre” um carro de som
percorre as ruas da cidade indicando pelo menos três locais para recebimento de
doações, roupas, mantimentos, produtos de limpeza e de higiene, remédios, em
qualquer cidade deve haver uma entidade a exemplo do Lions, Rotary, Maçonaria, Sindicatos, Fórum, Igrejas encarregados
desta mesma ajuda humanitária ao povo de Lajedinho.
Eles precisam de você; de nós!
Fotos: Lajedinho
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