A final do The
Voice Brasil foi um destes programas de televisão em que os números
musicais das atrações escolhidas para completar o tempo de duração do programa,
insuficiente apenas com os quatro concorrentes, em nenhum momento ofuscaram as
grandes estrelas da noite, os candidatos à melhor voz do Brasil. E estiveram no palco além dos técnicos, Carlinhos Brown, Lulu Santos, Daniel e
Claudia Leite, outras estrelas como Jota
Quest, Luiza Possi, Gaby Amarantos, Maria Gadu que cumpriram seus papeis de
contornar a expectativa e a impaciência de quem torcia por uma daquelas quatro
vozes. Talvez Ana Carolina tenha
justificado, de fato, a condição de atração do programa com uma música dançante, acompanhada por um grupo de bailarinos que empolgaram pela coreografia e pelo
ritmo frenético da canção. Aliás, este The
Voice Brasil me ajudou a ver com outros olhos, artistas por quem sempre fiz
muxoxo, dei pouca atenção, mas estava em parte enganado, exemplo da Ana Carolina, assim como em relação a Maria Gadú e a Luiza Possi, principalmente como analistas em suas funções de
auxiliares técnicas.
Porém, o que interessava mesmo é quem seria o
ganhador. Já tinha o meu candidato, o catarinense Rubens Daniel, que me convenceu com suas interpretações em Yellow do Coldplay e Yesterday,
dos Beatles e fiquei seu seguidor,
após ter perdido, juntamente com eles, a preferência dos técnicos e do público
por outras escolhas que resultaram em suas eliminações, talvez precoces,
talvez injustas, nunca se sabe.
Mas quem subiu ao palco iniciando ao programa
foi o Sam Alves, interpretando Hallelujah, de Leonard Cohen, em inglês e em português, um convite a quedar os
joelhos ao chão e em contrição orar, refletir, render graças aos deuses, chorar,
pois “com tantos sentimentos deve haver algum que sirva”. Se por um apagão
qualquer o programa saisse do ar e não mais voltasse, poderia dar como
encerrada esta temporada do The Voice
Brasil com a vitória de Sam Alves,
o que, aliás, não tardaria. Porém o show teria que continuar com os previsíveis
Pedro Lima e seus arroubos vocais,
enchendo de floreios a canção que pedia apenas sentimento e simplicidade, Me dê motivo. Do mesmo modo que a
simpática Lucy Alves cumpriu despretenciosa,
creio, o seu papel de ser ao mesmo tempo instrumentista e intérprete, talvez o
seu diferencial em comparação a outros candidatos eliminados, nada além do
esperado.
E finalmente o Rubens Daniel por quem cravei a “pule”, mas não sei se aquilo era
hora de Renato Russo e o Monte Castelo, “ainda que falasse a
língua dos homens/e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria”. Enfim,
a vitória de Sam Alves é
incontestável. Parabéns!
Foto: Sam Alves
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