O escritor e historiador Francisco Alambert em seu livro a ser lançado, brevemente,
“História do Brasil para Ocupados”, faz algumas confidências surpreendentes
acerca de personalidades de nossa vida cultural e artística. Uma destas
histórias foi revelada por Sérgio
Buarque de Holanda, pai do cantor e compositor Chico Buarque, que conta ter seu filho feito um bilhete para a sua
vó, aos 08 anos de idade: “Vó, vou para a Itália. Quando eu voltar, provavelmente a senhora
estará morta. Mas, não se preocupe. Eu vou me tornar cantor de rádio. É só a
senhora ligar o rádio do céu que vai me escutar”.
Um humor meio cáustico, para quem tem apenas oito anos, mas não deixa de ter uma
graça mórbida, politicamente incorreta, para uma criança..
Outras revelações são feitas pelo pai de Chico, já como observações suas a
respeito do talento de seu filho “que desde menino, sempre se interessou por
música e futebol. Seus ídolos eram Ismael
Silva, Dorival Caymmi e Ataulfo Alves. Mais tarde, João Gilberto, de quem procurava imitar o estilo. Não obstante todo
o sucesso, o qual não lhe provocava muito prazer, é bem capaz de Chico largar tudo isso e partir para
outra coisa qualquer”. Chico não
partiu, nem largou, melhor assim, quando as previsões dos pais erram o destino
dos filhos, pois quem sabe não sonharíamos “com o tempo da delicadeza, onde não
diremos nada, nada aconteceu, apenas seguirei como encantado, ao lado teu”.
Foto: Chico Buarque
Nenhum comentário:
Postar um comentário