terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Funk, pagode e arrocha (?) ostentação


Ao pé da letra e do dicionário, ostentar significa a exibição com alarde, de qualidades que alguém possa ou imagina ter, além do uso sem qualquer parcimônia de bens materiais, enfim tudo que exprima vaidade e orgulho de forma acintosa e mesmo espalhafatosa. Daí, com este arsenal de inutilidade e presunção jogue tudo por cima de funkeiros, pagodeiros e arrochados em geral que está formado mais um estilo musical com a indigência e grosseria de suas origens, mas agora com a afetação de adereços e penduricalhos para formar, o funk ostentação, o pagode ostentação e até o arrocha ostentação (é dificil...!)

Como todos eles provêm de classes sociais carentes e economicamente destituídas de posses, educação escolar e familiar, buscam no culto ao consumo extravagante e exagerado dos carros, roupas de grifes, perfumes, bebidas finas, jóias, moradias em bairros de novos ricos, o alvo de sua escalada e ascenção social. Que evidentemente, com toda pobreza de objetivo e total ausência de mérito e talento nunca chegarão lá, onde imaginam ser o topo de seu olimpo, que acaba, em geral, nas páginas policiais.

As mulheres, a exemplo do que ocorre com o funk, são vistas como objeto de desejo e consumo de uso descartável a cada investida, num processo de depreciação da figura feminina que a própria mulher alimenta e faz a roda da decadência e da coisificação girar. Um exemplo, entre tantos do que se ouve por aqui, deste famigerado pagode ostentação, está nas mãos ou nos pés de um representante mor deste filão, cujo sucesso é “joga a nota de 100 que ela vem”. Terrível!

Foto: Ilustrativa

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