Até poucos dias antes do inicio do Carnaval a participação do pagodeiro Igor Kanário estava proibida em vista
das arruaças, brigas, confusões, roubos que acontecem em seus shows. Um abaixo
assinado digital pedindo às autoridades a sua presença na folia motivou o Prefeito ACM Neto fazer gestões quanto
a sua liberação nos circuitos da folia. O que acabou sendo autorizado e
permitido o seu trio elétrico, na segunda feira.
O que se viu em sua passagem pelo Campo Grande e Avenida Sete só fez
confirmar a apreensão dos organizadores quanto o que poderia acontecer em sua
apresentação. O forte esquema policial que acompanhou toda a trajetória do trio
do pagodeiro dava a dimensão do perigo. Algo assustador, com uma multidão
ensandecida, em fúria, sob o comando de um refrão “tudo nosso, nada deles; tudo nosso nada deles” que era a expressão
da agressividade e violência que poderia ser desencadeada a qualquer momento.
Pessoas pobres e da periferia portadoras das mais variadas insatisfações,
compreensíveis até, atendiam o Príncipe
do Gueto em seu discurso nada musical, traduzido como uma espécie de
indução ao vandalismo ao primeiro aceno. De meter mêdo, nada carnavalesco.
Foto: Ilustrativa
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