sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Melados e fedidos.



Ê São Paulo! É pau, é pedra, é o fim do caminho, é o fundo do poço, quer dizer, o fundo de Cantareira. Como se não bastasse o uso descontrolado de desodorantes para amenizar o budum no entra e sai dos elevadores, trens, ônibus e metrô, em que pese a alavancagem nas vendas do produto, o crescimento da indústria, agora é a ameaça da diarreia, pela água possível de ser consumida, porém contaminada. Melados e fedidos, mas contibuindo para o crescimento do PIB estadual com o aumento das vendas de papel higiênico, fralda descartáveis e Imosec, para conter e estancar a “quebrança”. Disse quebrança? Mas a rima era outra. Das axilas à “derrière” os urubus passeiam a tarde inteira entre o Vale do Anhangabaú e a Paulista.

“Nós estamos reduzindo a pressão do fornecimento de água e isso já é racionamento. Reduzir o consumo é isso. O que não temos ainda é um rodízio. Pode ser que algumas pessoas estejam bebendo água contaminada, mas prefiro pensar que isso ainda não aconteceu. E o que acontece durante uma contaminação de água? As pessoas terão disenteria e hoje temos medicina suficiente para minimizar riscos de vida”, admitiu o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, em depoimento à CPI da Sabesp na Câmara Municipal quarta-feira, dia 23 de fevereiro.

Foto: Ilustrativa

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