Há mais de quinze dias que o circuito Barra – Ondina, o Dodô, do Carnaval de
Salvador está em ritmo acelerado de obras para o grande momento que já se
inicia quarta feira, mesmo que oficialmente só comece na quinta. Então, às
favas o oficialismo. Mas os martelos, serras, tapumes, pregos, tintas seguem em
suas batidas monocórdicas que não diferem muito dos pancadões elétricos que
virão encher a Avenida Oceânica,
dando formas e cores aos camarotes que “é luxo só” ou cacetes armados de
diferentes tons, em suas armações de pardieiros frente ao mar e à folia, por
alguns ou muitos reais.
Já a Avenida
Sete parte do circuito Campo Grande,
o Osmar, o primo pobre da folia, tem
as suas lojas resistindo até o último momento de entregar seus passeios e fachadas
aos barraqueiros que ali montarão arremedos de bares e albergues, onde seus
proprietários temporários, comem, dormem e vendem cerveja quente. Mas, pouco importa prá quem é da folia. Enquanto
nos andares dos prédios onde estas lojas estão situadas exibem, ainda, placas
de alugueis de seus apartamentos para familias ou grupos de visitantes, todos
eles imaginando um melhor ponto de observação de seus ídolos, seus artistas
preferidos e participar da folia do jeito que o diabo gosta, do jeito que for
possível.
Foto: Camarotes
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