A "cidade alegria", há muito perdida, viveu mais
um dia de perplexidade e comoção, quando um servidor em seu oficio foi abatido
numa trapaça do destino que nem cabe aos animais. Uma história marcada por ciúmes,
conquistas, perdas, suposta traição, abandono, desprezo vitimou alguém cujos
serviços profissionais utilizava com certa regularidade, como há quinze dias,
em corte de cabelo ou barba, em um atendimento onde a simplicidade, o
comedimento, o silêncio de poucas palavras inundava o seu local de trabalho.
Às vezes nem sei se o que sinto por esta cidade, se decorre apenas do mal estar da convivência de seus dias mornos e iguais ou
se medo e espanto diante de sua frieza e de sua estupidez que se irmanam numa
indiferença própria dos insensíveis e desagregadores seres que formam a sua
comunidade. Por aqui o que parece ser construção, já é ruína, como a que
sucumbiu o trabalhador cujo nome só vim saber depois de seu desaparecimento.
Que a terra, Jairo, lhe seja leve!
Foto: Ilustrativa
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