sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Tem ditador no samba

Do pouco que vimos das escolas de samba do Rio, já que nem sempre saíamos à noite, casou grande impressão a Comissão de Frente da Mocidade Independente de Padre Miguel, em que seus componentes, de repente, tinham suas roupas pegando fogo, bem como a fantasia da porta bandeira. O efeito era de uma plasticidade muito bonita em um enredo que anunciava o último dia do fim do mundo com muito fogo, gelo e a busca do prazer por quem tinha pouco a esperar.

Do mesmo modo, a monumental águia símbolo da Portela cuja estrutura era muito superior a altura da passarela no meio da Sapucaí, mas não impediu que a guia se curvasse até encontrar o espaço preciso para que pudesse atravessar o obstáculo. O movimento e a ação do símbolo portelense levou a plateia ao delírio, com gritos de: é campeã, é campeã, é campeã . Não foi!

Debaixo de criticas, após a divulgação do resultado, mais uma vez a Beija Flor levou o título com um enredo que homenageava um pequeno e pobre país africano, a Guiné Equatorial, que teria financiado em parte o enredo da escola. O que se sabe da Guiné é pouco, e este pouco é desalentador. Manda no país um ditador por mais de 30 anos, constituído por uma população pobre que se deixa escravizar pelo tirano desde os seus primeiros anos de vida como forma de sobreviver. Segundo o diretor e carnavalesco da escola o que se procurou na Guiné Equatorial foi mostrar a alegria e a cultura de seu povo, Ah, bom!

Foto: Escola de Samba Beija Flor

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