O Ministério
da Cultura e as Secretarias de
Cultura dos estados são, tristemente, o “patinho feio” da estrutura
orçamentária de qualquer governo, já que além da dimnuta dotação orçamentária
disponível a cada ano, em tempos de crises a tesoura dos gastos públicos não
alivia os parcos recursos da pasta. Contra este “miserê” orçamentário todos
eles lutam e se empenham na ampliação de suas verbas para aplicação na Cultura, como promete o novo Ministro, o sociólogo baiano, Juca Ferreira, com passagem pela mesma
pasta no segundo mandato do governo Lula.
O que não falta ao novo ministro é motivação
para sacudir a paquidérmica estrutura administrativa de seu ministério, como no
vespeiro em que irá se meter ao pedir junto ao Senado alteração na distribuição dos recursos da Lei Rounet. Surgida no governo Collor foi saudada por todos como uma
alavanca poderosa na captação de recursos para qualquer atividade artisitica. O
que se viu no decorrer dos anos, não foi bem assim.
Proveniente de recursos
decorrente da renúncia fiscal pelas empresas, para aplicação nas atividades
culturais, acabou nas mãos dos empresários a escolha dos espetáculos de sua
conveniência em que investir, criando uma concentração abusiva em grupos do Rio e São Paulo e nos seus
investimentos em música, teatro, cinema, dança de grandes nomes da cena
artística nacional. Aquilo que deveria ser uma parceria público-privada ficou
apenas privada com recusos públicos, uma distorção conforme se vê.
Mas, o Juca
é determinado e vai lutar pela nacionalização destes recursos, ou pelo menos
parte deles. Foi elogiável a escolha do jovem intelecutal Francisco Bosco para a direção da FUNARTE, ele que é do meio e um pensador coerente e lúcido da
realizade brasileira. Mesmo sendo a FUNARTE
uma especie de apêndice do Ministério da
Cultura a serviço do Rio, será
um pepino que o Chico Bosco tentará
desmontar, pois uma instituição decadente e inútil como órgão fomentador de
cultura.
Foto: Ilustrativa
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