O programa Domingo Espetacular, da TV Record, certa feita exibiu uma
reportagem com o baixista e ex-integrante da banda Legião Urbana, Renato Rocha,
que entristeceu e comoveu os aficionados em música, em especial os admiradores
da extinta banda brasiliense. Quando a banda estava na ativa, antes da morte de
Renato Russo, o relacionamento entre
eles, principalmente do Rocha com o Marcelo Bonfá e o Dado Villa-Lobos era de puro desmerecimento por parte do baixista
com eles, por serem brancos e bundões, segundo seus olhos e principalmente por
serem músicos menores, sofríveis, primários.
Já com Renato Russo, a convivência era de tolerância e conveniência só
porque ambos pegavam pesado nas drogas e ele era o cantor, compositor,
band-leader e referência da banda. Podia tudo, tanto que quando o clima
esquentou o Russo optou ficar com os
amigos brancos e “mauricinhos” ao invés do mulato rebelde que era o Renato Rocha.
A saída da Legião Urbana significou para o Renato Rocha uma sucessão de erros e
desacertos profissionais que se refletiram em sua vida sentimental ao tempo que
o envolvimento com as drogas era crescente. Daí pra a sarjeta foi um passo e
mais uma vitória deste mal para a sociedade brasileira. Mais uma perda nesta
guerra surda da qual apenas, por enquanto, um lado canta vitórias, ou chora
velórios. Renato Rocha foi
encontrado morto em um hotel de Guarujá - SP, neste final de semana, possivelmente vítima de uma
parada cardio-respiratória.
Foto: Legião Urbana
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