quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Pelos mares e campos baianos

Glória a ti neste dia de glória
Glória a ti, redentor, que há cem anos
Nossos pais conduziste à vitória
Pelos mares e campos baianos

Desta sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dai-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia

Glória a ti nessa altura sagrada
És o eterno farol, és o guia
És, senhor, sentinela avançada
És a guarda imortal da Bahia

Desta sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dai-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia

Aos teus pés que nos deste o direito
Aos teus pés que nos deste a verdade
Canta e exulta num férvido preito
A alma em festa da tua cidade

Desta sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dai-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia.

Foto: Ilustrativa

Que se há de fazer...


Charge: Aroeira

Eles disseram...

Não vamos desistir do Brasil, é aqui que vamos criar os nossos filhos. É aqui onde temos que criar uma sociedade mais justa – Eduardo Campos.

Educação sexual  é dentro de casa, com  a família. Sou contra educação sexual nas escolas. Pastor Everaldo.

A reeleição funciona como o carro-chefe, a mãe de todas as corrupções de toda espécie – Joaquim Barbosa.

Com todo respeito, linha auxiliar do PT, uma ova – Luciana Genro

Pena é uma palavra forte. Mas gostaria de me desculpar com o Brasil. Tentamos ser respeitosos jogando futebol, fazendo gols  – Scheinsteiger 

Depois que fui a uma frigorifico e vi peças inteiras de carne vencidas  e com bichos, percebi que não dava mais. Era um grande fornecedor para os restaurantes da cidade -  Fiscal do PROCON.

Queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito, contra esses racistas. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes – Tinga

A música brasileira hoje está pobre e nivelada por baixo, pobre de assunto, letra, música,  harmonia, arranjo. É o que a indústria, em crise, tentando sobreviver ao naufrágio, produz- Mônica Salmaso.

Foto: Quadro Anita Malfatti

Ano Novo

Mário Quintana
O ano novo ainda não tem pecado,
é tão criança...
Vamos embalá-lo...
Vamos todos cantar juntos ao seu berço
de mãos dadas,
a eterna da canção esperança

Foto: Ilustrativa 

Sou rebelde porque o mundo quis assim...

Já final da apresentação do Casuarina, na Caixa Cultural, este mês, foi anunciada a participação especial de Alice Caymmi, que segundo o percussionista e vocalista do grupo, João Cavalcanti, tratava-se de um novo talento na música brasileira e de sua admiração pela jovem e transgressora intérprete. E a filha de Danilo fez jus aos elogios e, de fato junta-se aos novos nomes de nossa música num espaço já ocupado por Tulipa Ruiz, Tiê, Céu, Felipe Catto, Silva, Jussara Marçal entre outros promissores artistas. Quanto à transgressão ficaria para as suas apresentações solo e para o seu segundo disco, recentemente lançado, o elogiado Rainha dos raios onde Alice exercita seu vozeirão em canções, a maioria já gravadas, e que só a sua ousadia poderia lhe levar a um terreno onde as comparações costumam ser desfavoráveis. Mas Alice sai ilesa.

A balada brega que embalou o sonho e som de 10 entre 10 estrelas da Jovem Guarda, como Lilian, Martinha, Diana, Perla etc, a versão em português de Soy rebelde, ganha em sua voz um sentido quase autobiográfico (“eu sou rebelde, porque o mundo quis assim/porque nunca me tratará com amor/e as pessoas se fecharam para mim”) e confirma o caráter transgressor com que foi saudada. Nesta altura do campeonato, quem se arriscaria gravar, por exemplo, Meu mundo caiu, grande sucesso da inesquecível Maysa, nos anos 50, sem parecer piegas e saudosista, pois Alice foi capaz de tornar o samba-canção em uma modernidade que não se suspeitava. Até mesmo a intocável, pois uma pérola de Gil e Caetano, a linda Iansã, com seu arranjo quase indissociável da canção, adquire na voz de Alice a originalidade que se julgava perdida, tal a força que Betânia imprimiu aos seus versos carregados de simbolismo, no disco Drama.

Caetano ainda comparece em dois momentos do disco, em Jasper, de seu CD Estrangeiro e em Homem, de , onde versos duros como “não tenho inveja da maternidade/nem da lactação/não tenho inveja da adiposidade/nem da menstruação/só tenho inveja da longevidade/e dos orgasmos múltiplos/e dos orgasmos múltiplos” que tanto podem caber em seu autor, como em Alice, pela ousadia. Os gritos e sussurros introduzidos no arranjo, fizeram da canção erótica dos anos 70, Je t'aime moi nun plus, do francês Serge Gainsbourg, na voz de Jane Birkin, algo puro como uma canção de ninar. 

Bacana! Assim, se o  rádio de seu carro ou um programa de televisão anunciar a voz ou a presença de Alice, perca ou ganhe o tempo que tiver, pois ouvir e ver Alice é estar diante de uma artista em ebulição. O lançamento deste disco pelo selo Joia Moderna, caí como um chapéu em significado, pois estamos de fato frente a uma preciosidade. Salve Alice!

Foto: Alice Caymmi

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Atletas de Cristo

De Dunga, dia destes, sobre a quantidade de jogadores evangélicos: “Eu fico impressionado a até com inveja da quantidade de vezes que eles dizem que falam com Deus”. 

O grande número de “Atletas de Cristo”, para um cínico, justifica a escolha de um pastor da Universal para Ministro do Esporte.

Fonte: O Globo
Foto: Novo Ministro do Esporte

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Com Ana Moser, Raí, Paula, Leonardo...

Lamentável que mais uma vez o esporte em nosso país, onde existe um Ministério específico para o seu desenvolvimento e modernização, seja tratado do modo mais chulo de que só a politica é capaz. Não serão com “ET’s” que nada sabem ou entendem de qualquer modalidade esportiva, dirigindo uma pasta em que os verdadeiros interessados, o povo brasileiro possa confiar, que almejaremos a plenitude na organização esportiva  Com a palavra a ONG Atletas do Brasil, com Ana Moser e companheiros à frente:

“...  E nós, atletas, não podemos mais ser usados simplesmente para fotos conjuntas em momentos de vitória nacional. Vamos ser francos, essas conquistas são muitas vezes obtidas a despeito da política esportiva, da legislação e da condução nacional do esporte. E, em alguns casos, encontrando até forças contrárias a dificultar o caminho. Se os governantes querem estar ao lado das vitórias, devem tomar consciência da sua enorme responsabilidade nas derrotas.


Para a Atletas do Brasil, a definição do novo ministro indicou o "desprestígio" do esporte com as autoridades públicas do País. Seguimos em frente, pois acreditamos em um País melhor, mas reiteramos aqui, hoje, quecomo cidadãos e cidadãs brasileiros, nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor — concluiu a ONG, que reúne nomes como Bernardinho, Cafu, Gustavo Borges, Kaká, Flávio Canto, Paulo André, Fernando Meligeni, Hortência e Rubens Barrichello”.

Foto: Ana Moser

Liquidando e andando


Charge: Angeli

Farol da Barra

Galvão e Caetano
Quando o sol se põe
Vem o farol
Iluminar as águas da Bahia
No Farol da Barra, o encontro é pouco
A conversa é curta, tudo é tão rápido como
se furta
Como a luz bate nas águas
Como tudo que se passa
Com tanto cabeludo, com tanto pôr-do-sol
Bem cabia uma profecia: até o ano 2000,
O Farol além do pôr-do-sol
será o pôr-do-som
Onde verás uma realejo, onde verás um violão


Vídeo: Youtube

Discoteca Básica

O músico e diretor de programas da MTV, José Augusto Algodoal, mesmo sem nunca ter escrito um livro sentiu a necessidade de se aventurar neste universo, escrevendo um que ele gostaria de ler, assim surgiu a Discoteca Básica. Partindo do pressuposto que todos nós temos alguns discos preferidos entre tantos ouvidos durante toda a vida, ele então, reuniu diferentes personalidades do esporte, jornalismo, cultura, escritores, humoristas para que listassem os dez discos mais importantes que ouviu um dia.

A receptividade foi muito grande assim como a disparidade entre o gosto musical das personalidades escolhidas. Algo, no entanto surgiu como uma quase unanimidade que é o disco Revolver dos Beatles citado por muitos como um marco na música moderna do mundo, não só pelas canções (Eleanor Rigby, Here, thre and everywhere, Yellow Submarine, For no one, God day sunshine), mas pela originalidade dos arranjos e da sonoridade conseguida naquele disco.

Não fui procurado pelo Algodoal, até porque não sou uma personalidade, mas apenas um inveterado ouvinte de música e atento observador da nossa cena musical, mas também entro na brincadeira citando os dez discos que ajudaram em minha formação musical e baseando os conceitos ou palpites que hoje emito sobre discos e artistas. Falei!:


Chega de saudade – João Gilberto
Panis et circenses – Caetano, Gil, Gal, Tom Zé, Nara e Mutantes
Acabou Chorare – Novos Baianos
Transa – Caetano
Revolver - The Beatles
Um banda um – Gilberto Gil
Chico Buarque – Volume III
Elis & Tom
Sentimentos – Paulinho da Viola
Fa-tal a todo vapor – Gal Costa

Foto: Capa de Revolver-Beatles

domingo, 28 de dezembro de 2014

É verão, bom sinal, já é tempo..

Assim como no Rio, foto acima, aqui também, no sertão, se mar houvesse, e aí não seria mais sertão, todos nós estaríamos na praia como grande parte do país esteve de pernas pro ar neste domingo ensolarado e quente. Quente com exceção da estufa do restaurante onde almoçamos aqui na “cidade alegre” neste último domingo do ano que passamos por aqui.

Domingo de sol não combina com o sertão, pois o sol e o calor são características dos dias por aqui, desfigurados por vezes quando uma chuva sem rumo resolve fazer parada por estas bandas, tão sem propósito quanto um convidado em festas sem credencial. Mas, “é verão bom sinal, já é tempo”.

Foto: Domingo de praia no Rio

O preto que satisfaz

A feijoada não é “coisa nossa” como se convencionou entre pesquisadores, como sendo mais uma criação gastronômica de origem africana, que misturava a carne que sobrava na “casa grande”, para o deleite da “senzala”, que jogava tudo dentro da panela com feijão, segundo nos conta o folclorista pernambucano Câmara Cascudo.

“A feijoada remonta ao Império Romano, quando os europeus de origem latina faziam cozidos de misturas de legumes e carnes. Cada região de influência romana adotou sua variação: o cozido português, a “paella” espanhola, o “bollito misto” do norte da Itália, assim como o “cassoulet”, da França, que é muito parecido com a nossa feijoada: feito com feijão branco, linguiça, salsicha e carne de porco”.

Fonte: Câmara Cascudo

O machado de Assis

Os nossos geniais escritores nem sempre tiveram atitudes brilhantes assim como são seus escritos, romances, poemas, textos e criticas a exemplo de Machado de Assis que derrapou feio ao se tornar censor na corte do Imperador dom Pedro II. Como crítico de teatro foi alçado a condição de censor do Conservatório Dramático, órgão do Império responsável em liberar o que podia e não podia ser visto pela sociedade da época, conforme nos conta Leandro Narloch em seu livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil.

Quem nos deu obras definitivas em nossa literatura como Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cuba, O Alienista, bem que poderia ter nos poupado de vexames como o seu texto censório sobre uma peça de teatro: “Não posso dar meu voto de aprovação ao drama, visto a exaltação se faz da paixão diante do dever, tal é o assunto, e tais as conclusões, que é um serviço à moral pública proibir a representação desta peça. E se o pudor da cena ganha com essa interdição, não menos ganha o bom gosto, que não terá à ilharga de boas composições esta que é um feixe de incongruências e nada mais”.

Da arrazoada justificativa fica a corrida ao dicionário em busca do significado de “ilharga” nas explicações em si, algo até civilizado diante da grosseria dos censores pós-68 que simplesmente riscavam o texto com um enorme “X” sem nada dizer e estamos conversados; quem não gostasse poderia fazer uma visita indesejada ao DOI-CODI ou a OBAN. A censura é um mal desnecessário. 

Foto: Ilustrativa

Cacos de amor

Por obrigações profissionais junto à empresa onde trabalhei, sempre estive em diligência no Cartório do Sexto Oficio de Notas, no Comércio, dirigido com prudência, sabedoria e rigor por Dra. Ivanise Varela. Ali, além de autenticações de documentos e reconhecimento de firmas, são lavradas escrituras de imóveis, confeccionados testamentos, consumadas separações através do divórcio entre outras atividades inerentes ao oficio. Já presenciei, ainda que de forma polida e sem agressões, alguns bafafás de casais, antes do desenlace definitivo do casamento com a assinatura do termo sobre a mesa.

Mas, nada se iguala ao chororô de um casal antes de por o preto no branco, ao colocar suas assinaturas no papel, pondo fim a sua união conjugal. Segundo Dra. Ivanise ao chamar um casal, em processo de divórcio, para sua sala e colocá-los a sua frente, entregando a cada um a cópia do termo de sua desunião, perguntou se cada um tinha refletido sobre aquilo que eles agora iriam definir para suas vidas, se era consenso e coisa e tal. 

Prá quê? Movidos talvez pelo mesmo sentimento de dúvida e de restos de amor, caíram ao mesmo tempo em prantos convulsivos para surpresa da Doutora, de seus funcionários e de presentes que aguardavam atendimento. O chororô foi tanto que comprometeu a legibilidade e autenticidade do termo sobre a mesa onde eles deveriam colocar suas assinaturas e rubricas. O casal foi colocado em uma sala em separado para uma derradeira conversa sobre sua desunião, se era de fato prá valer e se havia algum indício de reconsideração da decisão que eles tomaram. Não havia, não houve e eles voltaram à mesa de Dra. Ivanise para consumar enfim a separação de vez, sem choro nem vela.   

Foto: Ilustrativa   

sábado, 27 de dezembro de 2014

Há sempre uma esperança


Charge: Amarildo

O Oscar de pior ator do ano vai...

A suspeitíssima revista veja, tanto apara adular seus apaniguados como para demonizar o PT faz a cada ano o ranking dos melhores e piores parlamentares em atuação no Congresso Nacional, escolheu o senador Aécio Neves, seu candidato nas últimas eleições, como o pior senador da República.

Esta “cloaca” do jornalismo brasileiro baseada em critérios de apresentação de propostas que possam dinamizar e modernizar as instituições nacionais, atribui notas para a atuação dos 74 senadores, cabendo ao “machão do Leblon” a nota zero pelo seu desempenho no ano que termina. Quem conhece a trajetória da figura, reprovada em seu próprio estado, não se surpreende com a sua pífia conduta parlamentar, onde o expressão prá lamentar cabe como uma luva.  

Foto: Ilustrativa 

Os melhores do ano

CINEMA INTERNACIONAL
1º Lugar: Boyhood – Da Infância à Juventude
2º Lugar: O Grande Hotel Budapeste
3º Lugar: Mommy/ O Homem Duplicado/ O Gebo e a Sombra

CINEMA NACIONAL
1º Lugar: Praia do Futuro
2º Lugar: De Menor
3º Lugar: O Lobo Atrás da Porta/Riocorrente

MÚSICA INTERNACIONAL
1º Lugar: Queens of The Stone Age
2º Lugar: Yo La Tengo
3º Lugar: Joan Baez/Paul McCartney/ Sebadoh
 MÚSICA NACIONAL
1º Lugar: ‘Encarnado’, de Juçara Marçal
2º Lugar: ‘Rainha dos Raios’, de Alice Caymmi
3º Lugar: Banda do Mar/Gilberto Gil

Fonte: Estadão - Foto: Alice Caymmi

A Copa passou por aqui

Nesta entressafra esportiva, canais eminentemente dedicados aos esportes como SporTV, ESPN, Fox Sports, Esporte interativo têm se virado nos 30 para preencher a sua grade de programação. Partidas de futebol dos mais variados campeonatos ao redor do mundo, competições olímpicas, maratonas, amistosos entre os amigos de celebridades esportivas ou não, conquistas variadas até corridas de barqueiros do Rio São Francisco são exibidas como meio de preencher o vazio próprio de final de ano.

Mas nem tudo é mais do mesmo, pois surge algo que redime a emissora e prende o espectador pela novidade, pela originalidade do programa como A copa passou por aqui, um seriado em 11 capítulos na Sportv, iniciada em 22.12.14. Coordenada pelo cineasta Jorge Furtado tem cada um destes capítulos sob a direção de variados cineastas, jovens ou experientes, encarregados de mostrar sua visão do Mundial em cada uma daquelas cidades sedes. São imagens exclusivas que flagram, por exemplo, dentro da torcida brasileira o desencanto e o desespero de cada torcedor a proporção que iam surgindo os gols da Alemanha, no Mineirão, naquele fatídico 7 x 1. 

Ou a atividade de um ex-jogador de futebol profissional que hoje é ambulante e vende bebidas e bandeiras da seleção nas proximidades do estádio de Brasília. Tristeza e alegria ao mesmo tempo para quem sempre sonhou em vestir a camisa da seleção brasileira de futebol, mas que a vida lhe acabou passando uma rasteira, ou dando um carrinho.

Os episódios são exibidos diariamente as 21h30, horário de Brasília, no Sportv, até o dia 02.01.15, com o capítulo rodado em Salvador, e dirigido por Lázaro Ramos, Tudo ou nada em Soterópolis. Vale a pena assistir, acompanhando ou não as coisas do esporte, no caso o futebol.  

Foto: Ilustrativa

The Voice Brasil - 2014

Não acompanhei o The Voice Brasil, edição 2014, ficando a minha observação restrita a uma finalista e a final quando o resultado era mais que óbvio. Como ficou claro naquela finalista que vi, era evidente a baixa qualidade dos concorrentes que veio se mantendo desde a edição de 2013 com a vitória do inexpressivo Sam Alves, uma das muitas interpretações na linha Whitney Huston. Exibição de uma extensão vocal a serviço do nada, de floreios e maneirismo musicais que servem mais a uma olimpíada de respiração e diafragma que propriamente à canção, a voz.

Dentro deste oásis de boas interpretações foi se firmando, até como resposta ao mercado do pagode e sertanejo que hoje empobrece a música brasileira, as duplas sertanejas em detrimento a algumas boas vozes e interpretações, como vistas nos vídeos disponíveis em variados sites, que assim foram formando uma espécie de consenso nas escolhas finais. A vitória da dupla Danilo Reis e Rafael com a ajuda lamentável do corpo de jurado que atribuiu ao público o direito da escolha do vencedor, distribuindo igualmente suas notas aos concorrentes, como quem lava as mãos e seja o que o mercado quer. Então, ao vencedor as batatas.

Foto: The Voice Brasil - 2014

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Justiça com as proprias mãos



A masturbação, acredite!, era questão de saúde pública no Brasil do século XIX, segundo reportagem da “Revista de História da Bibloteca Nacional, que sai em janeiro. Médicos brasileiros listavam uma serie de danos decorrentes da prática como magreza, palidez, vômitos, timidez, melancolia, estupidez e idiotrismo.

Em 1846, o médico Joaquim Pedro de Mello, na sua tese sobre a educação física dos meninos, dizia: “Os indivíduos que têm a infelicidade de se lançarem a tão torpe vício, trazem em seu semblante, em todo o seu corpo, e tão bem em sua inteligência estampada a ignominosa marca, que a todos denuncia a sua lastimável paixão". Há controvérsia.

Fonte: Anselmo Gois

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Uma imagem

Rua de Havana à noite, segundo foto do Estadão, lembra uma das muitas ruas de Salvador, em bairros como Santo Antonio, Areal de Cima, Pitangueiras, Santo Agostinho. Foram cidades que tiveram influências de colonizadores e povos diferentes, mas que mantiveram certas características das construções em suas vilas e ruas dos centros velhos dessas cidades.  

Foto: Rua de Havana - Estadão

Estrebucha, Baby

No final da apresentação do musical “Constellation”, no Rio, outro dia, a plateia começou a cantar “Oh, happy day”, que faz parte do espetáculo.

De repente, Baby do Brasil (ex-Consuelo) se levantou da cadeira, começou a gritar aleluia, a orar e a sacudir o corpo. Em seguida, a cantora disse ter recebido uma mensagem sobrenatural de Deus.

Fonte: Anselmo Gois


Poema de Natal - Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Foto: Ilustrativa

Nada mudou não me iludo...

Mais uma Especial de Natal do Rei na TV Globo, em sua programação de final de ano. Desta vez o Rei inovou, não no repertório, pois continua aquele mesmo do especial que passou no ano que passou, com as caducas canções melosas, açucaradas, impróprias para diabéticos, amplamente conhecidas, mas um especial poliglota, em vários idiomas, assim como uma assembleia da ONU. 

A presença de Luan Santana entre os seus convidados já era um convite para acionar o controle remoto em qualquer direção, além da simpática Marrom e seus boleros derramados, sua dramaticidade e sensualidade cafonas não ajudavam como mote, como convite para a permanência em frente a TV.

Mas, nem tudo estava irremediavelmente perdido, pois havia a presença exuberante da bela atriz e cantora Sophie Charlotte entre as atrações. A sua participação nos capítulos iniciais de O Rebu, em que interpretou de modo irrepreensível Sua estupidez valia a espera que o Rei e a sua volta musical ao mundo não estavam nus, como de costume. 

Depois da interpretação de Gal, para esta bonita canção dos anos 70, em seu antológico show Fa-tal, a todo vapor, achava-se que nada mais havia a ser acrescentado a Sua estupidez, pois Sophie provou, só que desta vez na companhia dispensável de seu autor. Mas como na canção popular, “o mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz”.

Foto: Sophie Charlotte e o Rei