Por obrigações profissionais junto à empresa
onde trabalhei, sempre estive em diligência no Cartório do Sexto Oficio de Notas, no Comércio, dirigido com prudência, sabedoria e rigor por Dra. Ivanise Varela. Ali, além de
autenticações de documentos e reconhecimento de firmas, são lavradas escrituras
de imóveis, confeccionados testamentos, consumadas separações através do
divórcio entre outras atividades inerentes ao oficio. Já presenciei, ainda que
de forma polida e sem agressões, alguns bafafás de casais, antes do desenlace
definitivo do casamento com a assinatura do termo sobre a mesa.
Mas, nada se iguala ao chororô de um casal
antes de por o preto no branco, ao colocar suas assinaturas no papel, pondo fim
a sua união conjugal. Segundo Dra.
Ivanise ao chamar um casal, em processo de divórcio, para sua sala e
colocá-los a sua frente, entregando a cada um a cópia do termo de sua desunião,
perguntou se cada um tinha refletido sobre aquilo que eles agora iriam definir
para suas vidas, se era consenso e coisa e tal.
Prá quê? Movidos talvez pelo
mesmo sentimento de dúvida e de restos de amor, caíram ao mesmo tempo em
prantos convulsivos para surpresa da Doutora,
de seus funcionários e de presentes que aguardavam atendimento. O chororô foi
tanto que comprometeu a legibilidade e autenticidade do termo sobre a mesa onde
eles deveriam colocar suas assinaturas e rubricas. O casal foi colocado em uma
sala em separado para uma derradeira conversa sobre sua desunião, se era de
fato prá valer e se havia algum indício de reconsideração da decisão que eles
tomaram. Não havia, não houve e eles voltaram à mesa de Dra. Ivanise para consumar enfim a separação de vez, sem choro nem
vela.
Foto: Ilustrativa
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