Um dia desses vi na internet, postado naturalmente por algum piritibano, uma foto antiga do Ginásio De Piritiba, o querido Cenecista,
em sua estrutura original, sua linha imponente de grande obra, onde fiz o curso
ginasial em sua primeira turma de concluintes. Era uma construção com características
próprias para a educação, pelas suas salas enfileiradas uma após outra,
sanitários, área livre, sala dos professores, cantina e a diretoria, agrupadas
em um só prédio, cuja horizontalidade e beleza de seu projeto eram motivo de
orgulho para todos nós.
Era um projeto inconcluso, pois tocado por diminutas
verbas públicas e com o auxilio das famílias piritibanas, cujos filhos em sua
quase totalidade ali dariam continuidade aos seus estudos. Como fui embora,
após o término do curso ginasial, passei a desconhecer a realidade de sua
manutenção e de seu crescimento para abrigar um número sempre crescente de
alunos. O que quer que tenha sido, o projeto original de sua construção foi sendo desfigurado de forma impiedosa pelo que há de mais rasteiro e improvisado na
construção civil, dado o que guardo de memória da exibição de sua planta em
local público.
Um puxadinho aqui, um barracão lá adiante, uma
rancharia de peão ali, foram sendo construídos em frente ao bonito pavilhão
original como forma de ampliação do seu centro educacional, pouco importando se
aquilo algum dia teve uma planta, um projeto, uma maquete. Venceu o improviso
em nome de seu inchaço.
Desde que deixei o Ginásio de Piritiba e que em seu entorno foi sendo construídos estes
galpões para armazenar alunos que nunca mais andei por lá e, se alguma vez me
vi abrigado sob aqueles barracões foi para satisfazer e cumprir a formalidade
de convites dos familiares e amigos em eventos educacionais ou religiosos. Que
tristeza!
Foto: Não Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário