domingo, 7 de dezembro de 2014

O jeito malvado ACM de ser

Conta Mário Kertész, que foi indicado para prefeito de Salvador, em 1981, por então governador, também nomeado pelos militares, ACM, sem que houvesse nenhuma consulta a ele que era diretor da Eletrobrás, no Rio. Sem nunca ter tido qualquer pretensão em administrar a cidade, não lhe restou outra saída que não vir a Salvador para assumir o mandato, pois de nada valia “discutir com a madame”.

A sua administração ia tendo uma aceitação muito grande e uma crescente popularidade que começou a incomodar setores que viam esta ascensão com uma ponta de inveja de que sofria o próprio governador, comportamento comum em uma personalidade doentia.

E aí então começou processo de desestruturação de seu governo numa estranha rebelião da Câmara dos Vereados contra ele, que tinha folgada maioria para aprovar o que bem entendesse. Verbas foram suspensas ou desviadas, projetos importantes como o transporte de massa por trilhos foram negados pelos vereadores que atendiam uma orientação do governador ACM, no sentido de minar a sua administração, podendo suas asas. Era o jeito malvado ACM de ser.

Fonte: Jornal da Metrópole

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