Desconhecia a programação que dava conta da presença do grupo aqui em Salvador, logo eu que a cada volta prá
casa procuro me informar do que está acontecendo na cidade. Só ontem pela manhã
ao ler o jornal do dia fiquei sabendo da presença do Casuarina entre nós, neste final de semana, com a realização de 05
shows nestes três dias, com lotação esgotada em todos os horários e dias.
Logo pela manhã me dirigi a Caixa Cultural, antes da abertura da
bilheteria, as 09 horas, encontrando já formada uma fila desanimadora, mas me
vali da prerrogativa concedida aos da minha idade e logo fui atendido em meus
dois ingressos. Foi um show em homenagem aos 100 anos de Caymmi, que já havia estado por aqui e agora retornou
tal a aceitação da primeira apresentação cuja procura imediata pelos ingressos
demonstra uma crescente identificação com o trabalho do grupo.
Jovens instrumentistas e cantores da classe média
carioca que poderiam estar fazendo parte de uma banda de rock ou em trabalhos
numa linha pop ou alternativa, como tantos. Eles, no entanto, preferiam visitar
num trabalho de divulgação e preservação dos nossos grandes compositores em homenagens
que norteiam seus shows como a Jackson
do Pandeiro, Herivelto Martins, Adoniram Barbosa, Paulinho da Viola, João
Nogueira e agora Dorival Caymmi,
no que fazem muito bem.
Homenagem a Caymmi pode parecer algo já exaurido não só pela repetição do repertório neste ano de seu centenário, como pela pequena, embora valiosa e
rica, obra do grande compositor baiano, mas que o Casuarina se vale de sua simpatia, alegria e jovialidade para cantar a beleza de Copacabana, João valentão, É
doce morrer no mar, Só louco, Você já foi a Bahia? Suíte dos pescadores e
tantas outras pérolas que sabemos de cor e salteado. A participação especial da
jovem cantora Alice Caymmi, filha de
Danilo, parece mostrar que a música
está mesmo no DNA da família, do
eterno Caymmi. Valeu Casuarina!
Foto: Casuarina
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