terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Cartilha verde-amarela

Não sei se foi a medida correta, mais sensata, mas se alguém faz parte de um grupo de jovens, em geral heterogêneo e dispõe da liberdade possível para se comportar dentro e fora de seu habitat natural, que é o futebol, qualquer dia aparecem em campo de cílios postiços, brincos esvoaçantes, perucas coloridas, enfim um carnaval nas quatro linhas. É certo que os atletas, ao que se é dado notar, não dispõe de uma parte do corpo que se possa aplicar uma injeção, por exemplo, que não se dê cara com a cara de uma tatuagem ameaçadora ao fitar a seringa. Esta é uma das muitas excentricidades dos jogadores de futebol, em geral jovens antes dos trinta.

São jovens, ricos, alguns milionários, bem sucedidos, cujo prestigio no mundo dos esportes é proporcional à extravagância de suas apresentações dentro e fora dos gramados. Foi querendo disciplinar o uso de certos badulaques e adereços em suas indumentárias que o nem sempre simpático Dunga pois algumas limitações aos atletas convocados para a seleção brasileira de futebol, sob o seu comando. 

Nada de bonés, brincos entre outros acessórios, bem como manifestações políticas e religiosas. Fica também proibido o uso de chinelo nos locais onde a seleção estiver hospedada, uso de celular Ipad, laptop durante as preleções, refeições e vestiários, além de cantar o hino nacional e respeitar o hino dos outros. O jeito Dunga de ser, se bem que algumas proibições fazem sentido, como a de cunho religioso, para não virar o circo em que foi transformada a seleção de 2010, em que o mesmo Dunga era o treinador, mas que tinha no seu auxiliar Jorginho, uma espécie de pastor evangélico para que num ato profético conduzisse o seu rebanho à vitória. Deu no que deu, como os holandeses sabem.

Foto: Ilustrativa

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